A Azul Linhas Aéreas lançou recentemente seu novo posicionamento de marca:
“O Céu do Brasil é Azul.”
Não é apenas uma assinatura de campanha.
É uma construção estratégica que reposiciona a companhia como símbolo de brasilidade — não por discurso, mas por presença real.
A campanha abre com um filme protagonizado por Alceu Valença e Céu.
Um encontro de gerações, sotaques e estilos que representa, com sensibilidade, o que a Azul vem fazendo desde 2008: ligar o Brasil ao Brasil.
Um dos recursos mais inteligentes da ação está na previsão do tempo:
Onde o céu estiver azul, a marca aparece com destinos em destaque e promoções via QR code.
💡 Uma mídia espontânea, conectada ao contexto, que reforça o novo posicionamento com simplicidade e criatividade.
🟦 Um nome que diz muito
A Azul foi fundada por David Neeleman, também criador da JetBlue.
Sua proposta, desde o início, foi clara:
Conectar o Brasil onde ninguém mais voava. Ampliar acesso. Romper com a concentração nas grandes capitais.
O nome da marca surgiu em uma votação pública.
A final foi entre “Azul” e “Samba”. Azul venceu — e ainda bem.
✔️ Palavra curta, sonora, fácil de lembrar
✔️ Remete ao céu, à tranquilidade, à confiança
✔️ E, curiosamente, soa mais brasileira do que muitos nomes que tentam parecer brasileiros
🎯 Branding é o que a marca entrega fora da propaganda
Quando o assunto é marca, meu radar acende.
Gosto de observar como as marcas se comportam no dia a dia, não apenas no discurso.
E aqui faço uma observação pessoal:
Em diferentes viagens que fiz com a Azul, percebi algo raro no setor aéreo — coerência entre o que a marca diz e o que ela entrega.
Alguns exemplos que me chamaram atenção:
- Um guardanapo com a frase:
“Debaixo de uma imensidão Azul, cabem sonhos de Norte a Sul.” - Um detalhe singelo (e ótimo):
Bala de gelatina da Fini em formato de avião — um aceno afetivo à experiência. - Visual consistente nas aeronaves, tripulação bem treinada, comunicação leve a bordo.
📌 São detalhes simples. Mas quando alinhados, reforçam identidade e geram lembrança.
E isso é branding.
🎨 Quando a cor também conta uma história
Em 2022, a Azul criou sua própria cor: o “Azul do Brasil.”
Sim, uma cor exclusiva, pensada a partir dos tons do céu em diferentes momentos do dia, em diversas altitudes e regiões do país.
Ela foi desenvolvida com base em minerais brasileiros, como o verdete de Minas Gerais.
Não é só uma escolha estética. É um posicionamento visual com base geográfica e simbólica.
Poucas marcas no Brasil foram tão longe em coerência visual.
🌍 Meu Brasil brasileiro
A missão da Azul é direta:
Ser uma empresa que carrega o Brasil pelo mundo.
Mas ela não está tentando se internacionalizar apenas com voos.
Está tentando fazer com que, no imaginário das pessoas, a marca Brasil no setor aéreo se confunda com a marca Azul.
O logotipo já antecipa essa ambição: um mapa do Brasil formado por pixels — representando cada cidade conectada.
Agora, essa identidade vai além do mapa: está na música, na cor, na narrativa, nos pequenos símbolos que compõem a experiência.
✈️ Decole o seu Branding
O setor aéreo é um dos mais difíceis para se criar amor de marca.
Geralmente, o que pesa é preço, milhagem e logística.
Mas a Azul, com todas as suas imperfeições operacionais, entendeu algo essencial:
Marcas fortes se constroem nos detalhes — e na coerência.
Ela transformou o céu em posicionamento, o passageiro em protagonista e a brasilidade em ativo estratégico.
📌 E, pelo menos na minha experiência, ela tem conseguido entregar tudo isso com consistência.